UNIFASE/FMP destaca a humanização como elemento essencial na formação de futuros profissionais
Por Redação, Agenda News
Publicado em 05/12/2024 12h11
Divulgação/UNIFASE
Divulgação/UNIFASE
A humanização no ensino da saúde é uma prioridade na Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP) e no Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto (UNIFASE). Com o objetivo de formar profissionais mais sensíveis às questões dos pacientes, a instituição implementou o Programa de Desenvolvimento das Humanidades em 2021, na FMP, e agora está expandindo essa abordagem para os demais cursos da área da saúde da UNIFASE.
“Pretendemos revolucionar o ensino, principalmente na área da saúde, porque falar de humanidade é falar daquilo que o Século XXI mais demanda, que é o tratamento humanizado, o relacionamento com os pacientes, a visão para o mundo que leva em conta o homem e as suas relações com a natureza, e suas expressões, a arte, a ciência e a cultura”, frisa Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves, reitora da UNIFASE e diretora geral da FMP.
Coordenado pela professora Camila Aloisio Alves, o programa integra conhecimentos técnicos e humanos, valorizando o cuidado individualizado e a empatia no atendimento ao paciente. A estratégia central do programa é o uso da narrativa biográfica, que permite que estudantes e professores entendam de forma ampla e aprofundada as histórias de vida dos pacientes para melhor entenderem suas realidades e necessidades. Além disso, o programa inclui práticas reflexivas e comunicação em saúde a fim de trabalhar competências relacionais, comunicacionais, além de apreender a construção dos saberes experienciais. Com isso, buscamos preparar os alunos para interagir de forma mais humanizada no contexto de cuidado.
“Nosso compromisso é formar profissionais do futuro que sejam humanizados e que queiram desenvolver o seu papel na sociedade de uma maneira construtiva e positiva, reforçando a importância de compreender o paciente para além dos aspectos técnicos, reconhecendo a integralidade do ser humano e suas relações. O objetivo é que o aluno, ao final da formação, esteja preparado para acolher o paciente, escutá-lo com atenção e ter uma postura empática e reflexiva. Para tanto, o programa avança transversalmente na grade curricular, indo do primeiro ao sétimo período até o presente momento. Mas, nossa meta é percorrer toda a grade, chegando até o internato. Para que isso seja possível, capacitamos e acompanhamos os professores das unidades curriculares que recebem o projeto a fim de que os pilares do projeto sejam colocados em prática por meio das atividades pedagógicas previstas. Sem a formação e o acompanhamento do corpo docente, um projeto dessa magnitude não se efetiva, pois está nas mãos dos professores serem agentes desse processo de formação”, explica a professora Camila.
Natália Lage, aluna de Enfermagem, compartilha como a abordagem da narrativa biográfica no atendimento aos pacientes, fortaleceu o vínculo entre teoria e prática.
“O uso das narrativas nos ajudou captar de forma mais profunda as vivências, expectativas e sentimentos dos pacientes, trazendo para o processo de cuidado informações valiosas que não costumam ser compartilhadas no dia a dia de uma consulta de rotina. Pude compreender que a execução das ações de enfermagem juntamente com as narrativas, possibilitou um cuidado mais individualizado e respeitoso com a história e o contexto, além de estabelecer um vínculo de confiança entre mim e o paciente, podendo ser uma profissional referência. Durante uma consulta comum, como por exemplo, a leitura de exames laboratoriais, pude notar que havia uma lacuna entre o que era questionado e a história que era tecida na resposta que nos era devolvida. Fazendo jus a necessidade de um olhar não só ao processo de adoecer, como também essas falas têm o poder de revelá-lo como pessoa. Me apaixonei tanto pela narrativa biográfica, que o meu TCC está sendo sobre essa temática”, explica a aluna.
Expansão da humanização para a área de gestão
O impacto do Programa de Desenvolvimento das Humanidades já é notável, não apenas nos cursos de Medicina e de Enfermagem, mas também nos cursos da área da gestão da UNIFASE, onde ocorre uma interface importante do programa com a curricularização da extensão.
“O Programa de Desenvolvimento das Humanidades tem sido um diferencial também na área de gestão. Através de oficinas e mentorias, capacitamos os alunos a desenvolverem uma escuta empática e sensível, essencial para entender as necessidades das comunidades, dentro dos projetos de extensão vinculados ao processo de curricularização da extensão, bem como de suas futuras equipes de trabalho. Isso não apenas aprimora suas habilidades de liderança, mas também promove uma gestão mais humana e eficiente”, comenta o professor Rodrigo Lopes do curso de Administração da UNIFASE.
Além disso, o Programa de Desenvolvimento das Humanidades também está em um processo importante: o da internacionalização.
“O nosso objetivo é estreitar os laços institucionais entre a UNIFASE/FMP e a Universidade de Montreal, tanto para o ensino, quanto para a pesquisa. Por isso, foi recentemente criado um programa de pesquisa para nos debruçarmos sobre o nosso trabalho de ensino e produzirmos conhecimento. A partir daí, queremos divulgar esses conhecimentos e fortalecer cada vez mais a produção técnica e científica voltada para a compreensão dos processos que contribuem para a qualidade dos futuros profissionais, tanto no cenário nacional, quanto no internacional”, explica a professora Camila Aloisio Alves.
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