Após as tragédias ocorridas em 15 de fevereiro do ano passado, o Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto e a Faculdade de Medicina de Petrópolis começaram a formatar a proposta de um evento que pudesse reunir a sociedade, representantes de diferentes áreas de atuação no governo municipal, ongs e profissionais de diversas áreas do conhecimento, para que juntos possam refletir sobre as catástrofes que ocorreram nos últimos anos, a fim de elaborar propostas e propor ações que possam beneficiar a população, para o desenvolvimento de projetos que visem melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem em áreas constantemente afetadas pelas chuvas.
"Os acontecimentos de fevereiro e março de 2022 mexeram muito com todas as pessoas da cidade, envolvidas direta ou indiretamente na tragédia. Precisamos refletir sobre o ocorrido e nos unirmos para formar uma proposta de mudança de atitude. Não falo sobre as chuvas, porque essas estão fora do nosso controle. Me refiro aos impactos, tudo que perdemos, sobretudo as vidas, não podem se repetir", explica Ricardo Tammela, coordenador de Projetos e Extensão da UNIFASE/FMP e um dos organizadores da 1ª Jornada da Virada Climática.
Cientes de que a principal causa da mudança climática se dá em reação à atividade humana, como a queima de combustíveis fósseis, desmatamento e agricultura intensiva, é necessário que todos se unam para combater essas graves alterações na mudança climática. É fundamental a conscientização de que a mudança nos hábitos de consumo, adotando práticas agrícolas sustentáveis e preservar nossas florestas são atitudes urgentes que precisam ser adotadas. Este não é apenas um problema ambiental, mas também social e econômico, que afetará de forma desproporcional as comunidades mais pobres e vulneráveis, podendo causar grandes impactos negativos na segurança alimentar, na economia e no quadro geral de saúde da população.
"Quando pensamos em provocar essa reflexão sobre a necessidade de pensar a cidade de Petrópolis e dos municípios do entorno, diante das nossas atitudes enquanto indivíduos e coletivos, a nossa proposta é de oferecer diferentes tipos de atividades que nos ajudem nesse processo de pensar um outro modelo de cidade, focado no crescimento com sustentabilidade, respeitando as vidas, os direitos e o meio ambiente. Então, elaboramos a 1ª Jornada da Virada Climática, com palestras, rodas de conversa, peças de teatro, exposição de fotos e de artes visuais. Esse conjunto de atividades será o início de um caminho de reflexão, com base no diálogo e na construção de propostas de ações de mudança. Por isso, quero convidar todas e todos para fazer essa jornada com a gente, pois precisamos nos unir em prol de um bem maior, que é a qualidade de vida da população", frisa Ricardo Tammela.
Cada indivíduo tem um papel importante a desempenhar, mudando seus hábitos de consumo e apoiando políticas e tecnologias sustentáveis. Em resumo, a mudança climática é uma questão urgente que requer ação imediata. É preciso agir agora, com ações eficazes que possam proteger o nosso planeta e as futuras gerações de seus impactos negativos. Neste sentido, a 1ª Jornada da Virada Climática da UNIFASE: um encontro com a sustentabilidade, é um evento gratuito e aberto ao público, que ocorrerá de 15 de fevereiro a 20 de março. As atividades terão início no dia 15 de fevereiro, com um colóquio da UNIFASE/FMP, em parceria com o LNCC, na Sala Arthur de Sá Earp Neto, no campus acadêmico da UNIFASE/FMP, às 14h. O renomado pesquisador e climatologista, Carlos Nobre, e o meteorologista Marcelo Seluchi, responsável pela Sala de Operações do CEMADEN/MCTI, estarão presentes no evento para um debate sobre as mudanças climáticas. A programação completa do evento está disponível no site: www.unifase-rj.edu.br.
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