Morre Cid Moreira, o icônico jornalista e apresentador do Jornal Nacional, aos 97 anos

Por Redação, Agenda News

Publicado em 03/10/2024 13h42

Morre Cid Moreira, o icônico jornalista e apresentador do Jornal Nacional, aos 97 anos © Foto Cid Moreira/instagram
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Nascido em 29 de setembro de 1927, em Taubaté, no Vale do Paraíba (SP), Cid Moreira se tornou a voz e o rosto mais emblemático do **Jornal Nacional**, da Rede Globo, programa que comandou por cerca de 26 anos. Sua carreira, iniciada em 1944 aos 17 anos, começou no rádio, passando por emissoras importantes como a Rádio Bandeirantes e a Rádio Mayrink Veiga. Em 1969, durante a ditadura militar, ele foi o primeiro a ancorar o Jornal Nacional, ao lado de Hilton Gomes, em uma época de intensas tensões políticas. 

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Cid se tornou referência na comunicação, apresentando o telejornal em mais de oito mil edições e marcando a história da televisão brasileira. Em 1969, ele foi um dos responsáveis por ler ao vivo a carta da Ação de Libertação Nacional (ALN) e do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), durante o sequestro do embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, um episódio crucial durante o regime militar.

Mais do que apenas um apresentador de notícias, Cid Moreira deixou sua marca em diversos projetos, como o **Fantástico**, onde ficou famoso ao participar do quadro de Mr. M, o ilusionista que revelava truques de mágica. Além de sua atuação no jornalismo, ele encontrou grande sucesso ao se dedicar a gravações de textos bíblicos. Nos anos 1990, Cid gravou salmos da Bíblia, e em 2011, a versão completa da Bíblia narrada por ele tornou-se um dos projetos mais importantes de sua carreira.

Cid Moreira também teve sua vida registrada em uma biografia intitulada “**Boa Noite – Cid Moreira, a Grande Voz da Comunicação do Brasil**”, escrita por sua esposa, Fátima Sampaio Moreira, e lançada em 2010. 

Com uma trajetória que se confunde com a própria história da televisão no Brasil, Cid Moreira foi mais que um jornalista: foi a voz que narrou o Brasil por décadas, atravessando mudanças políticas e sociais, sempre com a mesma solidez e credibilidade. Hoje, o país se despede de um símbolo eterno da comunicação.



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