“A kombucha é uma bebida fermentada feita a partir de chá (preto ou verde), açúcar e uma cultura simbiótica de bactérias e leveduras, conhecida como SCOBY (Symbiotic Culture of Bacteria and Yeast). O processo de fermentação transforma o açúcar em ácido acético e outros compostos, resultando em uma bebida ligeiramente efervescente, com sabor azedo e adocicado. Por ser rica em probióticos, enzimas, vitaminas e ácidos orgânicos, essa bebida oferece diversos benefícios ao organismo”, explica Cíntia Azara, professora e pesquisadora da UNIFASE/FMP.
A disseminação do conhecimento sobre os benefícios da kombucha é impulsionada por muitos nutricionistas e influenciadores de saúde nas redes sociais, que compartilham receitas, dicas de consumo e experiências pessoais com a bebida. Diante de tamanha fama, a kombucha chamou a atenção de um grupo de pesquisadores em Petrópolis que se debruça nos estudos para avaliar os reais benefícios que a bebida pode oferecer ao organismo. Recentemente, o primeiro artigo do projeto de iniciação científica, coordenado pela professora Cíntia Azara, sobre "Compostos bioativos em alimentos" foi publicado na revista Concilium, periódico internacional, com contribuições de pesquisadores de diversas áreas do conhecimento ao redor do mundo.
“Os autores desse artigo publicado são duas alunas do 7º período do curso de Nutrição, Rosimara Noronha e Susana Menezes, Carlos Eduardo Faria Cardoso, egresso do nosso curso de nutrição, que atualmente cursa doutorado na Unirio e é colaborador deste projeto de pesquisa, Anderson Teodoro, que também é um colaborador externo, docente e pesquisador da Universidade Federal Fluminense (UFF) e Rosana Carias, do Laboratório de Medicina Regenerativa da UNIFASE. Este artigo abordou as condições tecnológicas do preparo da bebida. O grupo ainda estuda a composição físico-química, capacidade antioxidante, capacidade antitumoral e ação de senescência da kombucha em cultura de células.
Todo o processo de cultura de células foi realizado no Laboratório de Medicina Regenerativa, onde contamos com a presença e todo o suporte das professoras Rosana Bizon e Priscila Borquio, que atuam no Centro de Medicina Regenerativa da UNIFASE/FMP”, comenta Cíntia Azara.
A comunidade acadêmica está ciente de que a ciência é um esforço coletivo que transcende fronteiras. Ao publicarem trabalhos em revistas internacionais, os pesquisadores não apenas compartilham seus conhecimentos com o mundo, mas absorvem novas ideias e tecnologias que enriquecem suas próprias pesquisas. “Neste projeto relacionado à identificação de compostos bioativos em alimentos, pesquisamos especificamente a kombucha. Esta revisão publicada vai ao encontro dos objetivos de desenvolvimento sustentável da Organização Mundial da Saúde (OMS). Então, a gente atende esses objetivos ao produzirmos um produto natural de ótima qualidade nutricional e que além disso oferece outros benefícios à saúde”, salienta.
Atualmente, a pesquisadora explica que a kombucha é indicada para a melhora da saúde intestinal, pois os probióticos presentes na bebida ajudam a equilibrar a microbiota intestinal, promovendo uma digestão saudável e aliviando problemas como constipação e síndrome do intestino irritável; para o fortalecimento do Sistema Imunológico, sendo rica em antioxidantes e ácidos orgânicos que ajudam a combater os radicais livres e a proteger o organismo contra doenças; auxilia na desintoxicação do fígado, facilitando a eliminação de toxinas do corpo; para o aumento da energia, pois durante a fermentação, a kombucha produz pequenas quantidades de ferro e vitaminas do complexo B, que podem ajudar a aumentar os níveis de energia e melhorar o bem-estar geral; além da regulação do metabolismo.
“A kombucha se apresenta como uma bebida versátil e benéfica, que pode contribuir significativamente para a saúde e bem-estar. Seu crescente consumo no Brasil reflete uma tendência mundial de busca por alternativas alimentares mais saudáveis e naturais. Com seus múltiplos benefícios e a facilidade de acesso, a kombucha tem tudo para continuar ganhando espaço na dieta dos brasileiros. Por isso, é nosso dever enquanto pesquisadores desenvolvermos os estudos que comprovem a eficiência da bebida, para que a população se beneficie também com a criação de outros produtos formulados com base nos recursos naturais encontrados na kombucha”, finaliza a pesquisadora.
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